15 de set. de 2007

A volatilização do poder capitalístico-Respostas

Retomando o capítulo “A disciplina” da Michel Foucault e o capítulo “A invenção da psicologia social” pode-se perceber que há sim uma homogeneização dos pensamentos e sentimentos apesar da concomitante individualização sofrida pelos indivíduos. Observando bem todo pensam da mesma forma por alguns fatores: conteúdos veiculados nos meios de comunicação de massa, globalização, imposição da falta de respeito à alteridade e até mesmo ao biopoder. Entretanto, essa homogeneização não se estabelece apenas na sociedade de controle, mas também na disciplinar. Na segunda, através da docilização dos corpos e na primeira, através da disciplina investida para os sentimentos, pensamentos, desejos e etc.

Assim o controle exerce “formas cada vez mais sutis de assujeitamento, moldando nossos corpos não apenas do exterior, mas, sobretudo, do interior, através de uma homogeneização dos nossos modos de pensar, agir e sentir”. (SILVA, p.47). Entender que se homogeiniza é fácil, porem ela acontece concomitante com a suposta (ou não) individualização. Desde a sociedade disciplinar no século XVIII, com o proposto esquadrinhamento busca-se individualizar e com o incremento da sociedade de controle as pessoas são individualizadas de forma a manter o controle e a aumentar a competição inerente ao capitalismo. Daí surge a subjetivação capitalística em que se produz uma individualidade, com o objetivo de alcançar uma uniformidade. Os indivíduos são vistos como “conjuntos de indivíduos” o que representa a individualização concomitante com a homogeneização do pensamento.

É importante compreender eu essa homogeneização, como já foi citada, não se dá apenas com o fim da sociedade disciplinar até mesmo porque a sociedade disciplinar não acabou ela extrapolou os muros das instituições, se incrementou e se tornou a sociedade de controle.

Essa lógica disciplinar preservada tratará de encerrar desejos em ações estereotipadas e, assim desencadeia um processo de individualização da subjetividade, que forja a idéia de subjetividade privatizada posto que não haja singularidade real nessa subjetividade. Pois, produz uma “sociedade de normalização” (Foucault, 1999) que fabrica indivíduos “normais”, com padrões médios de comportamento exigidos pelo poder capitalista. Percebe-se assim, a verdadeira função da pretendida adaptação social, pregada pela psicologia científica do final do século XIX: normalização social.
Aqui vai gente minha tentativa de responder as questoões das meninas...não sei se tá muito confuso ou se tá certo...hihihi.mas..
=)

7 comentários:

Bruna_ disse...

Ajudou sim e muito para responder minhas perguntas Vanessa :)

Beijos

Kleber disse...

escritas, as coisas ganham uma feição distinta de quando faladas. Aqui queria que vc e nossos outros do grupo me entendessem como se estivesse falando: achei sua "resposta" boa. Atendeu o que uma pergunta quer, pois assim a Bruna já disse.
Boa!
Abraço!

Laura Regina disse...

lida!
:*

Nanda Hermínia disse...

lida ^^

Marcus disse...

lido...
mas fiquei "voando" no que kleber comentou!
o pq disso?
n consegui pegar o caminho que percorreu...viajei mesmo!

abs

Juaum disse...

lido, ficou bem bom.
=)

Andressa disse...

Li. Gostei da exposição de idéias da Vanessa. Achei bem elaborado e sintético. Acredito q tenha dado conta das perguntas da Bruna.
Só que para mim há algumas curiosiodades nas perguntas dela que vou expor brevemente aqui: na primeira, o fato da adaptação ser resultado da conformação social, ou vice e versa, graças a homogeneização do "pensar, agir e sentir". Na segunda, os desejos construídos e aí posso dizer desenfreadamente, para desnortear e fazer parecer q temos muitas opções mas, são todos regulados num padrão da tal moda em vigor. Os desejos que fugirem à regra serão devidamente enquadrados (capturados). Na terceira, subjetividade do tipo capitalista ser uniforme, mas em contraponto a última pergunta, manter a idéia que também pode ser particular, e aí pensarmos ser únicos, ao mesmo tempo q iguais...Penso o quanto deve ser usado muito desse argumento tanto para os tratamentos psicológicos, como para os leigos. Sobre a quarta pergunta, penso que o "poder" da pergunta fica vago, mas imagino q seja os principais detentores da normatização e regramento dos comportamentos. Já a penúltima pergunta, me fez lembrar que a homogeneização é resultado(ou causa) de um jogo que todos da sociedade estão envolvidos, mas podem ser apreendidos ou não. Pra os que são, aceitam o jogo, sabem dele e prefere q seja assim, e por isso não sei se há invisibilidade do confinamento, mas de fato, chega-se a um ponto que estamos muito envolvidos para nos darmos conta sempre. Agora, será que a homogeneização é capaz de promover o "desmoronamento do ambiente constituinte da sociedade de disciplina"? Bom, pode ser q já tenha respondido a pergunta mas, de qq forma, vale dizer q a compreensão da história, de como as coisas acontecem, é importante para que não desconheçamos o processo de formação da sociedade, e daí onde nos inserimos. E isso Foucault fez bem ein? Bom, é isso. Essa é minha viagem não muito elaborada, mas resolvi compartilhar com vcs. :p Inté amanhã