27 de set. de 2007

Ciberespaço entre conceitos e experiências

CIBERESPAÇO ENTRE CONCEITOS E EXPERIÊNCIAS. João José Gomes dos Santos (Psicologia/UFS); Kleber Jean Matos Lopes (Orientador DPS/UFS); Bruna Vasconcelos Gonçalves (Psicologia/UFS).

O ciberespaço configura-se como um novo plano de experiência humana no contemporâneo. A proliferação e intensidade dessa experiência tornaram necessária a criação de ferramentas conceituais que auxiliassem no entendimento e problematização de estar no ciberespaço. Tarefa árdua pelo seu caráter virtual, algo incomum frente aos demais meios de trocas e construção de conhecimento. No entanto real, posto que imprime novas possibilidades de relação, de produção de sentido e aquisição de informações na vida cotidiana. A realidade virtual proporciona uma nova noção para a experiência no tempo e localização no espaço. O tempo não será apenas histórico-cronológico, assumindo também a dimensão do atual, do agora. O espaço perde a concretude como característica principal, tornando-se fluido e navegável em sua interface hiper-textual. Silvana Monteiro em discussão sobre o Ciberespaço, efetua o mapeamento do conceito promovendo o dialogo entre três áreas do conhecimento: artes, ciência e filosofia. A primeira seria o berço do termo, aparecendo na obra de Willian Gibson como um novo espaço aonde não se vai com o corpo, mas sim com a mente conectada a um deck cyberespacial. A segunda busca localizar o ciberespaço e seus desdobramentos dentro de semióticas científicas utilizando como referenciais: David Koepsell, que mantém uma perspectiva da sua materialidade, entendendo-o como um emaranhado de fios e cabos interconectados originando um sistema de troca de bits, e Pierre Lévy, que não desconsidera a interligação entre infra-estrutura e pessoas que navegam esse universo fluido de informação. A terceira situa o ciberespaço na dimensão filosófica utilizando-se do conceito de máquina abstrata pensado por Gilles Deleuze e Félix Guattari, onde se alcança o pico da desterritorialização dos agenciamentos discursivos e de corpos. Metodologicamente, essa discussão se deu nas reuniões que envolvem o projeto de pesquisa Psicologia, tecnologia e modos de subjetivação contemporâneos, no endereço eletrônico http://entrenospelarede.blogspot.com/, que funciona como um espaço de discussão on line do grupo e também através do e-mail do psicibercultura@yahoogrupos.com.br . Análises iniciais consideram o ciberespaço como dispositivo capaz de agregar vários meios de comunicação e promover socialização, transações econômicas e principalmente novas agenciamentos cognitivos. Diante do crescimento acelerado e importância que as novas tecnologias da comunicação estão adquirindo ante a conjuntura social contemporânea, problematizar o conceito de ciberespaço consiste em ampliar os modos de experiência do mesmo, bem como situar academicamente os desdobramentos desse acontecimento.


bom pessoal.. esse aí é o resumo.

26 de set. de 2007

ATA - Reunião 25.09.07

- Presença: Andressa, Fernanda, Herica, Jade, João, Karyne, Laura, Lázaro, Marcus, Rafaela, Vanessa.
- Discussão e conclusão dos Resumos para o Encontro de Inciação Científica
- Nova proposta de resumo/painel: O Ciber espaço - João e Bruna (quem tiver interesse, falar com eles)
TAREFAS:
- Concluir resumos, gravar o texto do resumo em um cd ou disquete para efetuar a inscrição até dia 28.09.07
PRÓXIMA SEMANA:
- Apresentação do fichamento "A Loucura e a Sociedade"

PROBLEMATIZANDO CAMINHOS NA PSICOLOGIA

PROBLEMATIZANDO CAMINHOS NA PSICOLOGIA.
Andressa Almada Marinho Pontes (Bolsista Voluntário PIBIC/CNPq - Psicologia/UFS); Kleber Jean Matos Lopes (Orientador DPS/UFS); Jade Santana de Azevedo (Psicologia-UFS); Lázaro Batista da Fonseca (Psicologia-UFS); Fernanda Hermínia Oliveira Souza (Psicologia-UFS).
Esse trabalho problematiza junto a Heliana de Barros Conde Rodrigues, os caminhos que a psicologia faz ou poderia vir a fazer, enquanto um campo de saberes e práticas, analisando implicações que envolvem a produção da temporalidade, biografia e experiência. Busca assim, indagar para onde a Psicologia se encaminha e se organiza, questionando a pretensão em tornar-se uma ciência formadora de saberes supostamente nobres e verdadeiros. Têm-se também como objetivos questionar as práticas que não toleram surpresas e estão à busca de um conhecimento final, da verdade dada e consumada. Assim como publicizar essa discussão, buscando ressonâncias junto à sociedade acadêmica. Metodologicamente, essa discussão se deu nas reuniões que envolvem o projeto de pesquisa Psicologia, tecnologia e modos de subjetivação contemporâneos e no endereço eletrônico http://entrenospelarede.blogspot.com/, que funciona como um espaço de discussão on line do grupo. Partindo da importância e necessidade de problematizar a psicologia, atentando para a condução de sua história, procura fazer uma eventualização, ou seja, fazer surgir a singularidade e romper com as evidências que apóiam o saber formal. Essa discussão não apresenta resultados conclusivos, entretanto problematiza os caminhos na Psicologia, que são pertinentes a sua busca em enquadrar-se nos parâmetros formais da ciência, como também nas práticas psicológicas e nos processos de formação de seus profissionais. Desse modo, não basta conhecer a história de datas e nomes consagrados, mas fazer aparecer a força das experiências e das suas mutações, que seriam para Conde, acontecimentos produzidos pela introdução de descontinuidades nos saberes. Saberes que demandam correlações com outros, formando séries de saberes para tornar possível um sentido novo, uma descoberta ou invenção. Essa ação busca um movimento de transformação na Psicologia, que vá além das grandes narrativas, permitindo problematizações e interferências em jogos de verdade, configurando assim outros modos de experimentar a temporalidade e a história.

Comunicação e psicologia: modos de captura e produção da realidade

Comunicação e psicologia: modos de captura e produção da realidade
Herica Silva França, Marcus Vinicius de Jesus Silva, Vanessa Araujo Souza Côrtes, Karyne Emanuely Lima Cardoso, Laura Regina Oliveira Santana, Rafaela Santos de Carvalho.
A problematização dos meios de comunicação de massa no que tange a possibilidade da sua conversão em modos de exercício da democracia direta ou em maneiras de opressão simbólica constitui o sentido desse trabalho. O fenômeno da comunicação atenta para a sua atuação na construção da realidade, na detenção do poder, na produção da cultura, no controle social e na modificação e fomento do ser humano. Compreende-se, então a comunicação social, como um conjunto de instrumentos capaz de atingir a todos com uma ação simbólica no plano das informações. Com isso, o presente estudo reflete a articulação entre o campo da Comunicação e da Psicologia, enquanto saberes e práticas que se afetam e se configuram na produção da subjetividade contemporânea. Para tanto, foram realizadas discussões com Pierre Bourdieu e Pedrinho Guareschi, dentre outros, que resultaram na produção e publicação de textos dispostos no endereço eletrônico http://entrenospelarede.blogspot.com/. Considerações desse trabalho apontam que os meios de comunicação podem difundir uma concepção de mundo a partir daquilo que é comunicado, consumido e visto, como também daquilo que se faz perceber, atribuindo a essas veiculações de massa uma força singular sobre a existência das coisas e a difusão das idéias. Por outro lado, há possibilidade de resistência a esse poder, já que lhe escapa ao controle, a transmissão de sinais não-verbais, como gestos, olhares, entonação, que estão presentes nos seus discursos. Trata-se assim de problematizar e perceber que os meios de comunicação mesmo pretendendo ser um mecanismo de registro da informação, podem tornar-se um forte instrumento de modos de captura do desejo e de criação da realidade.

24 de set. de 2007

Como estamos?

Oi gente, li os resumos no blog, mas parece que eles estão mais vivos fora dele. Melhor, que ainda não aparece na tela a discussão de fazem entre si. Por isso vou deixar meus comentários para o momento em que vocês encontrarem um texto que aglutine a conversação produzida. É importante lembrar que amanhã é nosso prazo. Abraços!