30 de out. de 2007

Modernidade líquida

Será que o duradouro transformou-se em algo tedioso? Esta se torna uma importante pergunta após a leitura do presente texto. O parar para pensar sobre o que seria “A Modernidade” também adquire forma, pois esta “significa muitas coisas, e sua chegada e avanço podem ser aferidos utilizando-se muitos marcadores diferentes.”(p. 15). Ademais, tentar entender o porquê de buscarmos o fluido, o instável, que não se fixa ao espaço, nem prende o tempo, em detrimento do estável, do resistente é algo que nos faz querer percorrer todo o percurso lógico de idéias existentes no texto.
Em Modernidade Líquida, a palavra liquefação resume todo um processo em busca da modernidade, de desprender-se dos caminhos habituais, da estagnação. Enfim, a busca da leveza. Porém, o objetivo final não era acabar com os sólidos definitivamente, mas sim proporcionar o surgimento de reconstruções sólidas novas e aperfeiçoadas
Tal derretimento levou a uma sedimentação, a concretização de uma nova ordem baseada em termos econômicos. Ordem esta que encontrou, segundo Max Weber, portas abertas devido a forma que se propiciava o derreter: “ antes e acima de tudo,eliminar as obrigações “irrelevantes” que impediam a via do cálculo racional.”(p.10). Para este, o que restaria seria o “nexo dinheiro”.
A reprodução dessa nova ordem era implacável, meios capazes de desestruturá-la foram quebrados. Amarras que eram suspeitas de desprover de liberdade individual de escolha e ação foram substituídas por algemas que nos prendem a esse novo modo de ver: “Por mais livres e voláteis que sejam os “subsistemas” dessa ordem, isoladamente ou em conjunto, o modo como são entretecidos é “rígido, fatal e desprovido de qualquer liberdade de escolha”.”(p.11)
Primeiramente, os “poderes de derretimento” afetaram as molduras, tudo aquilo que circunscrevia o domínio de ações e escolhas. Hoje, a sua tarefa não é mais construir uma nova ordem, mas sim findar elos que ligam escolhas individuais em projetos e ações coletivas, fase que podemos denominar de “segunda modernidade” (modernidade voltando-se para si mesma). Etapa em que as responsabilidades pelo fracasso recaem sobre os ombros do próprio indivíduo.
Tempo e espaço distinguem-se. Não há mais como enxergar os dois como um só, o que podemos definir é que com a expansão do tempo moderno este se tornou a arma de conquista do espaço. O tempo é o dinâmico, enquanto que o espaço o lado sólido.
Com o advento da modernidade, o poder se tornava extraterritorial, não era mais necessário o contato ou suposto contato entre comandante e comandado explícito no modelo panóptico. O poder era capaz de se mover através de um sinal eletrônico, podendo se dizer que o tempo de comando e execução de um movimento resumia-se a instantaneidade. Os poderosos desvencilhavam-se do engajamento para com seus subordinados , ele era considerado desnecessário, ineficaz e custoso.
A liberdade estava em questionamento, porém as pessoas realmente desejavam ser libertadas? Como nos revela o texto eram poucos aqueles que estavam dispostos a agir para obtê-la. Muitas eram as incertezas sobre como a libertação da sociedade iria distinguir-se do Estado em que se encontrava. Dúvidas sobre o que era a libertação também surgiram, caminhando entre meios de tornar-se benção ou maldição.
Havia a idéia de que dependência e libertação não ocasionavam contradição, pelo contrário, o único caminho para encontrá-la seria submeter-se às normas impostas pela sociedade. Seguia-se a idéia de que normas podiam incapacitar, mas também capacitavam enquanto que a sua ausência propiciava apenas a pura e simples incapacitação: “A rotina pode apequenar, mas ela também pode proteger.” (p. 28)
A esperança de totalidade era abandonada, a crença de que quando encontrado o último pedaço de todo um conjunto de fragmentos estes poderiam ser reagrupados novamente vai ser colocada à parte. Emergia a noção de que o que foi fragmentado não podia ser colado novamente. O ser humano não era mais denominado como um ser social que definia-se por sua ocupação na sociedade e conseqüentes ações e comportamentos. As respostas passavam a ser encontradas dentro do próprio indivíduo, desligada de instituições sociais ou em princípios universais. Tal suposição nos remetia a idéia de que a liberdade já teria sido alcançada, restando apenas a limpeza dos poucos cantos restantes e o preenchimento dos poucos lugares vazios.
O voltar-se para si, questionando-se não era mais exercido pela sociedade. Críticas eram feitas, porém distantes de possuírem toda potência possível, simplesmente desdentadas.
Com o fim da crença da revelação e condenação eterna o que nos restava era nos encontrarmos “por nossa própria conta”. As limitações para o nosso aperfeiçoamento nos era dada a partir das limitações dos nossos próprios dons herdados e adquiridos. A capacidade de ficar parado era inexistente, os movimentos continuariam devido à impossibilidade de satisfação: “A consumação está sempre no futuro, os objetivos perdem sua tração e potencial de satisfação no momento de sua realização, senão antes.” (p. 37)

* Gente desculpa pela demora, mas meu computador realmente está me dando muitos problemas.Acessar o blog, o e-mail do grupo e msn são tarefas praticamente impossíveis, ele acessa quando bem quer e entende, desde sexta tento manter contato com vocês. No texto que postei vai ter o que tentei entender até a página 40 pois entre os vários problemas que tive com o meu pc, foi perder meus arquivos tendo que refazer esse texto( acabei de acabar), não vou mentir que ficou complicado dentro dessas circunstâncias escrever novamente todo o texto :/

* Tive muitas dúvidas talvez por essa razão o texto esteja confuso, gostaria de tirar elas durante a reunião, td bem? :]

Beijos








7 comentários:

Jade disse...

eu li... depois comento.

Andressa disse...

Tb tá lido, e de fato está um pouco confuso, mas consigo compreender doq se trata. E foi até bom ter feito além da página pq só depois q tratou da liberdade-depedência q achei mais interessante. É isso... vou ler o texto mesmo agora. Inté

Juaum disse...

lido.

Laura Regina disse...

lido.
tb deixei de entender algumas partes... ficou um pouco desconexo. ou sera q é por q nao li o cap 1, de identidade...
:)

Técnicos, educadores e educandos do CRAS Enedina Bomfim disse...

Li não achei tão confuso..
Gostei muito ^^

Anônimo disse...

Lido e comento na reunião

:)

:*

Karyne disse...

lido