17 de fev. de 2008

Escolhas (norte)americanas

O que representam as eleições norteamericanas?
Bom, o cenario que se apresenta põe um negro descente de islamicos e uma mulher como grandes personagens do lado democrata e um ex-militar como grande nome entre os republicanos. Sobre esse último, nao ha muito a se dizer: ele é ainda o produto da velha tradição norteamericana de honra aos herois de guerra (apesar de muitos nao serem herois propriamente ditos).

Eis, entao, que as eleicoes norteamericanas - normalmente ja um prato cheio para noticiarios de todo o mundo - ganham ainda mais notoriedade. Obama é o preferido entre os joves e de postura mais "moderna", enquanto Hilary... Bom, Hilary seria uma mulher à frente da maior potência mundial. Contra o censo machista, os americanos nao estao muito preocupados com isso. E nem a propria candidata que nao parece mostrar-se adepta de propostas feministas.
Do mesmo modo, apesar da explícita preferencia desse eleitorado, Obana nao se arrisca no irregular piso do racismo. É negro, mas se prefere a moderação. Ou seja, as eleições nos EUA sao até certo ponto decepcionantes para a mídia: há uma mulher notória por perdoar o marido depois da traição e um negro (de sobrenome Hussein) que prefere não lembrar o povo da imensa distinçaõ racial...
This is the Americanway of life!!!

10 comentários:

Andressa disse...

É, parece palhaçada, mas com candidatos com características tão destoantes do que se apresenta historicamente em eleições, é de achar até que vence aquele de características mais estapafurdias e que de alguma maneira se demonstrar muito bem com isso. Ou seja, um marketing às avessas... Engraçado, porém quem sabe também um leque que se abre para os espaços muitas vezes mais retritos como a presidência norte-americana? De qualquer forma, seja lá quem seja o eleito, acredito que ambos já tem seu "americanway of life" bastante incultido nos discursos e ações, apesar das nuancias de suas características pessoais. Inté

Bruna_ disse...

O que me chamou aten�o � que o seu texto e o da Jade me fizeram pensar sobre a elei�o norte- americana de formas diferentes. Enquanto que o da Jade me fez voltar a aten�o para a " igualdade sem levantar a bandeira de igualdade", voc� me fez olhar os candidatos comno personagens que n�o levantam a a bandeira porque incultiram e bem "the American way of life"

Gostei de ler os dois textos

Beijos

Lázaro disse...

Adorei o incultiram, Bruna.
O colflito racila nos EUA é histórico. É, no mínimo estranho que um negro conte com os votos de latinos e negros, mas seja reticente quanto ao tema, concorda?
(Tadinho de Luther King, Jack Johnson etc).

Juaum disse...

lázaro, imagino que essa seja uma boa politica dos democratas... não acho que essas questões "raciais" e de gênero devam aparecer nos discursos dos candidatos. imagino que quem levanta bandeiras, cria também barreiras.
é isso.

Laura Regina disse...

acho q a politica norte-americana está muito mais envolta de Obama ser mais liberal e dito reformador, enqnto Hillary ser conservadora ao estilo democrata. e concordo com Joao, porq se eles usassem bandeiras de segregação, eles proprios estariam segregando quem nao entrasse naquelas caracteristicas ou quem nao goste de entrar nestas divisoes; e perder votos eh o q eles evitam ao maximo.

Lázaro disse...

Postando de uma lan (acho que o defeito tá no pc do DPS):

Desculpa, mas acho que ambos (Laura e João) deixam passar uma informação essencial: os dois candidatos democratas não abrem mão de um discurso ideológico. Obama conta com o voto dos latinos e negros e Hilary espera ter apoio majoritário das mulheres. O que é tacanho, tosco, mesquinho é que eles tiram proveito das expectativas desses grupos, apesar de não mostrarem afinidade com suas concepções. Como disse, Kéber, seria um pragmatismo estranho, o “sórdido sorri para o público” e, depois de eleito: sorry!

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Eles estão é jogando muito bem...

Seria muito fácil e muito "batido" (desculpa, a palavra certa não saiu) eles levantarem bandeiras a favor de negros e mulheres que são discriminados em muitos lugares.
Talvez eles queiram mostar que não precisam ser vistos como coitadinhos por causa dessas posições sociais que ocupam, e que o fato de etar nelas não os impede de criar um discurso que tratem de questões como todos os outros candidatos.

Seria muito fácil pra Hilary fazer discursos dizendo aumentar salários pra mulheres e Obama, para aumentar as oportunidades de inclusão para os negros, será que eles não querem, apenas, é as pessoas parem de percebê-los como injustiçados? Como pessoas que não vão ganhar o poder porque conhecem a política ou as relações comerciais e de poder norte-americanas, mas sim, porque tiveram uma "ajudinha" por representarem minorias? Talvez não seja um markenting às avessas..

Talvez eles peçam que os tratem como candidatos à um cargo de presidência (que envolvem outras questões além de preconceito) e não como líderes de grupos de manifestação.

Se o Obama vencer é porque defende a igualdade, e não porque tinha capacidade e boas idéias? Se a Hilary vencer é porque defende direitos feministas e não porque pode ser capaz de administrar um país? Quem sabe eles querem surpreender e mostrar mais que isso...

O que não tira o fato de serem políticos e, portanto, são espertos e não se deve confiar neles..(tá, isso foi preconceituoso..)

=**


PS.: outro comentário que excluí..

Juaum disse...

eu entendo e concordo com oq vc fala lázaro..
o que pasava pela minha cabeça quando eu disse sobre essa coisa de ser bom non levantar bandeira foram os políticos brasileiro que ainda utilizam muito esse tipo de discurso. e comparando assim vejo como algo positivo. mei que perde o teor apelativo, imagino.

Karyne disse...

lido.