5 de jun. de 2007

28/05/2007
Sobre a Televisao
Esta primeira citaçao posta pelo prof também foi a primeira afirmaçao que me chamou tençao, por talvez deixar claro a priore o olhar que o autor tem sobre o que está escrevendo (a televisao). Resta-nos discutir sobre como a tv pode realmente ser um instrumento de democracia sem exprimir alguma censura, viés, interpretações ou seleções, por quem tem acesso a ela, que possam levar a tal opressão.
Durante o primeiro capitulo, o estúdio e seus bastidores, relacionei muitos pontos do texto com a lógica do orkut, algumas coisas que já discutimos sobre essa plataforma. Uma das primeiras foi a respeito da idéia que o autor coloca de “ser é ser visto na televisão”, botando a tv como exibiçao narcisica. “Ao aceitar participar sem se preocupar em saber se se poderá dizer alguma, revela-se muito claramente que não se está ali para dizer alguma coisa, mas por razoes bem outras, sobre tudo para SE FAZER VER E SER VISTO” (pág. 16). Não tive como não associar esta afirmação com aquela discussão que tivemos sobre popularidade no que diz respeito ao “se fazer ver e ser visto”, e sobre o carater publico/privado que o orkut carrega. Nele nao necessariamente as pessoas estão preocupadas, no inicio pelo menos, o que será dito, mas o que pode ser dito ou mostrado para se deixarem ver.
Censura invisível: pelo que me parece o autor aponto que ela acontece em detrimento do assunto que é escolhido e exposto pelo jornalistas, do tempo (limitações), da pressão econômica determinada pelas pessoas que tem poder sobre a tv, etc. Aqui, podemos então voltar a questão da democracia e da opressão simbólica, talvez estes fatores que possivelmente influenciam a tv e o modo de como são aproveitados (digamos assim) contribuiriam e muito para essa opressão – principalmente o assunto escolhido e a forma de como é exposto.
Outra afirmação que me gerou uma pulguinha atrás da orelha: “as pessoas, de maneira geral, não gostam muito de ser tomadas como objetos, objetivadas, (...), quanto mais se avança na análise de um meio, mais se é levado a isentar os indivíduos de sua responsabilidade, e quanto melhor se compreende como ele funciona, mais se compreende também que aqueles que dele participam são tão manipulados quanto manipuladores” (p21). Me chamou atenção pq a relacionei com as pesquisas em psicologia, se isto aconteceu com a nossa pesquisa, considerando que nas entrevistas falamos para os usuários da nossa pesquisa e, considerando que nas comunidades não nos apresentamos.
Ainda tenho aqui algumas questões, mas estariam mais pra frente, por enquanto é isso!!
[kleber] [klebermatos@uol.com.br] Muito bom Hérica. As questões que vc traz são meuito importantes. Pego aqui o final, primeiramente; "manipulados e manipuladores" ao mesmo tempo. Acho que podemos conversar sobre isso, principalmente porque essa é a questão que mais se aproxima do campo psi no seu texto. Esse tipo de relação nos importa muito. Vamos aguardar um pouco para receber contribuições dos demais companheiros de pesquisa. Abraço!
[kleber] [klebermatos@uol.com.br] "...Então, como os meios que predominam na TV podem se moldar aos novos paradigmas de uma internet livre?". Danilo, na postagem anterior faz uma discussão sobre o que eu havia pontuado e termina o texto com essa questão. Acho que podemos tratar dela aqui. O que acham do que ele disse?29/05/2007 08:18
[Andressa] [aampontes@hotmail.com] Realmente foram muito boas as colocações de Hérica e até agora estão no início do texto, oq tem muito pano pra manga a ser discutido. No que diz respeito às indagações de Kleber, acredito que antes devemos pensar oq significa uma democracia, que seria, fazer valer o direito da maioria. Qto ao direta não pensei muito sobre o caso. Mas se a democracia de fato existe em nossa realidade, acho q não, tendo em vista q a maioria sofre mais q a minoria e não se vê nem seus direitos serem resguardados. A tv estaria participando do exercício da democracia, desde que já não estivesse de antemão no jogo manipulador que se faz com as informações, com a produção de significados, de desejos, tudo em prol de se manter a lógica capitalista, a lógica de mercado. Assim tb podemos pensar a internet, tb como um fomentador do consumismo exarcebado e da manutenção de tal lógica. 29/05/2007 21:33

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