5 de jun. de 2007

29/05/2007
No que diz respeito às indagações de Kleber, qto a "Democracia direta", acredito que antes devemos pensar oq significa uma democracia, que pode ser "fazer valer o direito da maioria". Qto ao "direta" não pensei muito sobre o caso, vcs podem ajudar qto a isso...hehehe. Mas se é possível observar a democracia acontecendo de fato em nossa realidade, acho q não, tendo em vista q a maioria da população sofre mais q a minoria e não se vê nem seus direitos serem resguardados. A TV, como instrumento de maniutenção da ordem simbíloca, estaria participando do exercício da democracia, desde que já não estivesse de antemão no jogo manipulador que se faz com as informações, com a produção de significados, de desejos, tudo em prol de se manter a lógica capitalista, a lógica de mercado. Assim tb podemos pensar a internet, tb como um fomentador do consumismo exarcebado e da manutenção de tal lógica.

Pois bem, então pensamos de que maneira diferente a TV e outros meios de comunicação poderiam estar participando em prol dessa democracia, principalmente indo de encontro a essa lógica? Como se coloca no livro, a partir do momento que a televisão não mais se afastar das informações pertinentes que preenchem o tempo raro c o vazio, ou seja, com informações que dariam subsídios para q os cidadãos pudessem contra-argumentar, pensar, criticar, lutar por seus direitos. Com isso não mais se estaria no que se refere a "censura invisível", que diz respeito ao fato de se limitar as condições de comunicação como o tempo, os assuntos, os discursos restringidos, por sua vez a autonomia! Coloca-se no livro a questão tb da "censura econômica", como uma pressão econômica sendo feita sobre os detentores do instrumento TV.

Aí então podemos encaixar o caso da Venezuela, que teve então cortado pelo Estado a renovação do contrato da rede RCTV, sob o argumento do presidente Hugo Chavez de prejudicar o socialismo. FALA NO JORNAL FOLHA ON LINE: "O fechamento da RCTV é mais um passo em direção à destruição da democracia na Venezuela. Chávez quer criar uma cultura em que vigore o pensamento único, e nem a oposição política nem a oposição social têm forças para resistir a esse ataque", diz Trino Márquez, 56, doutor em sociologia e professor da Universidade Central da Venezuela. Essa seria então considerada mais um tipo de manipulação de conteúdo a favor do que interessa ao Estado, não pondo em risco seus idéiais e lógicas. O diretor da Escola de Comunicação Social da Universidade Central de Caracas, Adolfo Herrera diz que a medida busca amedrontar outros meios de comunicação. "É um terrorismo disfarçado", afirma ele. Ora, não estamos muito longe desse mesmo terrorismo. Não será esse mesmo terrorismo imposto a nossos meios de comunicação, seja TV brasileira, seja na Internet ou outros meios de comunicação?

A colocação de Hérica foi pertinente ao falar da questão de "aqueles que dele participam são tão manipulados quanto manipuladores", apesar de que meu raciocínio foi diferente. Pensei na questão de participarmos do jogo da enunciação de significados, de partipar da lógica de mercado, mesmo no Orkut, mesmo no dia a dia, se trata do fato de não percebermos isso no intimo de nossas ações, porém, qd analisadas elas podem ser percebidas, criticadas e reavaliadas, afim de se tomar posturas diferenciadas. Assim acontece, mas não acredito que a incidência do poder significante imposto pela lógica de mercado seja tão fácil de se diluir, como Danilo pareceu ao colocar: "Mas é mais do que na hora de nos perguntarmos se o mesmo acontece na internet. Aqui, as classes dominantes se diluem e perdem o poder em certo sentido. Não existe uma midia que controla oque passa - o youtube está aí pra provar isso". Acredito q existem linhas de fuga mas que seja um trabalho de "microenunciação" (existe isso?), enfim, de suposta crítica e discussão, tendo clara a situação como ela é, foi e se processa.

Por isso tb ressalto a colocação de Vanessa qd fala: "fato das pessoas apagarem o orkut, pode sim apontar um modismo, uma privatização do público, sequenciar uma “morte”, mas aponta, ou ao menos, passa por menor que seja, por um pensamento acerca do porque de tudo aquilo, ou no mínimo do porque de apagar". Ou seja, o ato de apagar pode ser um ato de crítica, de pensar nos porquês, apesar de pensar nisso vai além, pois não se limita ao fato de se preservar ou não, existir recados e o controle ou não dos mesmos, a livre comunicação.

Bom, vou terminando por aqui, no decorrer das discussões e leitura vou me posicionando tb. Inté galera!

[kleber] [klebermatos@uol.com.br] Andressa, fiquei querendo saber mais de vc, sobre essa questão da democracia e do Chavez. Vou até voltar e ler de novo. è que democracia em si, acho que não existe. Ela é uma experiência e quando é uma, pode ser várias. Pois bem, para nossa experiência, digo a ordem simbólica brasileira, aquilo foi uma afronta. Mas a experiência é deles, dos venezuelanos. A ordem simbólica, se formos tratar assim, lá é outra. Gostei no seu texto e também nos outros a repercursão do que a gente tem falado. Isso mostra aqui, uma discussão. Muito bom. Animador. ABS!30/05/2007 06:48

[Andressa] [aampontes@hotmail.com] Pois é, como disse, se a democracia é um exercício da maioria, do cidadão, pode se dizer que não existe. Qto a ordem simbólica de lá já não sie bem como caracterizar, mas tendo em vista a realidade social de lá como não sendo tão boa, pode dizer que se aproxima da brasileira. Mas mesmo numa sociedade rica, em q a maioria vive bem (EUA), ainda assim vale refletir se a democracia é válida como uma forma de posicionamento de todos. Acredito que não. É uma farsa, para manter cada qual mais individual, segregando os sujeitos de seu coletivo. Inté31/05/2007 11:19

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